Entenda como o BIM tem contribuído com a retomada do crescimento na construção Civil
O acrônimo BIM já não é tão desconhecido entre profissionais de AEC – Arquitetura, Engenharia e Construção. Cada vez mais, o tema torna-se comum nas rodas de discussões e a quantidade de eventos, grupos de pesquisa, associações e empresas ligadas à essa tecnologia, cresce a passos largos. Cinco grandes esferas de atuação, entre elas as universidades, o poder executivo, a iniciativa privada, o poder legislativo e as entidades de classe estão cada dia mais envolvidas provando que já entenderam os benefícios que o Building Information Modeling pode trazer para a indústria da construção civil e para as profissões relacionadas.
Separamos dois pontos chave para ajudar você a entender como a tecnologia BIM pode contribuir com a retomada da construção civil e como você pode ganhar com essa nova realidade.
1 – A redução de custos na obra
Um dos pontos mais adversos e mais estimulantes para o uso do BIM é a promessa de redução de custos para a obra. O fato é que, muitos questionam se essa redução virá e até que ponto ela é consequência exclusiva do uso da tecnologia. A bem da verdade, boa parte do que se fala sobre a redução de custos na obra está relacionado à compatibilização de projetos mais assertiva, o que por si só já é fator considerável para esse benefício. Neste ponto a tecnologia BIM entra como grande aliado, em virtude dos softwares de compatibilização como Autodesk Navisworks, que é capaz de fazer a maior parte da detecção de interferências (Clash Detection) de maneira automática, ajudando a evitar erros humanos e aumentando a precisão desse processo.
Como os clientes pensam?
Representantes de grandes construtoras já entenderam que essa redução existe, que o BIM é fundamental para os novos projetos e que precisam procurar profissionais com conhecimento e experiência em softwares BIM, uma vez que, para se manterem competitivas, mantendo a qualidade e sem diminuir seus lucros, precisam investir mais em projeto, compatibilização e planejamento contribuindo assim, para a execução de obras inteligentes, mais limpas e com menos desperdício.
2 – A manutenção e operação das edificações
Um novo horizonte tem surgido para os profissionais de AEC. Conhecida como dimensão 7D (alguns autores citam como 6D) ou Facilities Management, o uso do BIM para operação e manutenção de edificações inclui também o Retrofit ou reforma. O mercado de reforma e manutenção nunca esteve tão em alta e não estamos falando só de pequenas reformas, mas de gerenciar a manutenção de grandes instalações como aeroportos, shoppings, hospitais, escolas entre outros. Já falamos aqui no blog que a Construção Virtual é, sem dúvida, um dos mercados mais promissores para profissionais de arquitetura e engenharia nos próximos anos e ela é a base para o Gerenciamento de ativos (outro nome dado à dimensão 7D do BIM), podendo ser considerada um significativo ramo de atuação também para pequenas construtoras.
Como os clientes pensam?
As concessionárias e administradoras dessas instalações/edificações tem em mente que uma boa gestão de recursos pode diminuir sobremaneira os custos de manutenção, seja com consumo de energia, manutenção e compra de equipamentos, materiais de construção e até mesmo recursos humanos. Com o advento do BIM, essa gestão não é só possível, mas é facilitada, por relatórios em tempo real e uma visualização realista e abrangente do edifício. A construção virtual mostra ao cliente, com recursos visuais, onde estão os “gargalos” do imóvel, os equipamentos com maior gasto energético entre outros recursos e ativos. O 7D no Brasil caminha a passos de bebê e ainda não há muitos estudos na área, mas já se mostra como um grande potencial e tem despertado interesse de grandes empresas. Destacamos aqui apenas dois pontos que podem fazer você enxergar novos horizontes, novos clientes e uma nova guinada na sua carreira profissional. Muitos outros podem ser apresentados, por isso fique atento ao nosso blog. leia, se informe. Conhecimento é poder. Pense bem, pense BIM!
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